6 de maio de 2008

Para começar, tudo que restou!

No início, havia a disponibilidade, a imaginação e talvez a vontade de ver algo meu fora de mim, mesmo que invertido como um espelho. No início, o que era certo postulava ao lado do que se achava errado e de mãos dadas, eles ensinavam a vida correr atrás de balões, enquanto eu era um tolo em acreditar que meu mundo caberia em várias linhas, várias palavras... na verdade, nunca precisei de tantas, pois quando eu me dispunha a falar algo era sempre com tão pouco de mim, que aquele “eu-presente” precisava gritar, acenando as mãos desesperadamente, para alguém se dar conta de que estava ali, mesmo que todas as linhas parecessem dizer algo que importante. Mera tolice, isso pouco importava. Ainda hoje, pouco importa.

Então, fiz uma faxina mal-feita em minhas idéias sempre tão tolas e bobas e insipientes e inocentes, mas ainda vivas e responsáveis por poucos sorrisos de um mundo distante, e vi que pouco sobrou. Tudo que restou, em meio a canções que ainda me provam que o ar entra e sai dos pulmões, em meio a contratos, papéis oficiosos de burocracias, em meio à aurora, aos sons dos pássaros nefastos da noite, em meio à vida como costumava existir nesse planeta cinza da noite, isso aqui foi tudo que restou!

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