Sonhos de outrora, agora se desfazem nos jardins, sob a grama onde crianças brincam atrás de cachorros mais bem cuidados que elas e mesmo assim tudo parece calmo lá fora. Talvez os sonhos não fossem tão grande, ou importantes, talvez sequer fossem sonhos, talvez apenas objetos de desejo do impossível, do não poder ter, que feriam os brios com a vontade de se possuir.
O que importa e que esses sonhos ou desejos ou o que fossem não importam mais. Eles jazem agora nos jardins, por baixo da grama onde namorados fazem piqueniques apaixonados, inebriados pelo momento, mas cegos para com os seus parceiros. Casais egoístas como todos que só pensam em seu próprio bem-estar. Apenas pessoas.
Velhinhas passam pelos jardins, pisando na ponta daquilo que seriam sonhos que ainda insistiam em ver a luz do sol. Cancerígena luz que as velhinhas insistiam em acreditar que as beneficiavam, enquanto morriam um pouco mais pela exposição.
O que se tem são cachorros bem tratados, crianças barulhentas, casais egoístas e velhinhas cancerígenas que se apropriam do jardim nessa estupidamente iluminada manhã de domingo e todos, de uma forma ou de outra, morriam ali, para recomeçar em outro lugar e deixar tudo que havia de bom, como aquilo que um dia foram meus sonhos, pelos jardins.
O que importa e que esses sonhos ou desejos ou o que fossem não importam mais. Eles jazem agora nos jardins, por baixo da grama onde namorados fazem piqueniques apaixonados, inebriados pelo momento, mas cegos para com os seus parceiros. Casais egoístas como todos que só pensam em seu próprio bem-estar. Apenas pessoas.
Velhinhas passam pelos jardins, pisando na ponta daquilo que seriam sonhos que ainda insistiam em ver a luz do sol. Cancerígena luz que as velhinhas insistiam em acreditar que as beneficiavam, enquanto morriam um pouco mais pela exposição.
O que se tem são cachorros bem tratados, crianças barulhentas, casais egoístas e velhinhas cancerígenas que se apropriam do jardim nessa estupidamente iluminada manhã de domingo e todos, de uma forma ou de outra, morriam ali, para recomeçar em outro lugar e deixar tudo que havia de bom, como aquilo que um dia foram meus sonhos, pelos jardins.
