O mundo é tão grande, que como um convite, pede pra ser desvendado. Seja cortando os ares, cruzando mares, desbravando continentes. Somos minúsculos, inexpressivos diante da imensidão da Terra e talvez por isso sejamos tão curiosos diante dela e de quem ela abriga.
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Somos solitários, mas não estamos sozinhos. O que nos ajuda a entendermos o que somos é justamente a interação entre nós (enquanto grupo que se reconhece como grupo) e os outros (aqueles que não somos nós, mas que poderiam ser...). Os outros são um convite, são novas terras a serem desbravadas, são oceanos imensos, são águas profundas em que mergulhamos tentando compreendê-los, mas na verdade, compreendemos a nós próprios com isso.
Viva tudo que puder viver, em qualquer lugar do mundo. Trocar experiências sempre nos ajudou a entender que gigantesco mundo é esse em que fomos jogados. Então, se jogue! Fotografe o que puder, tentando buscar ângulos que outros não conseguiram. Desenhe o que conseguir, mesmo que nunca tenha desenhado antes. Ouça música o tempo todo, mas ela nao precisa vir dos fones de ouvido, pode ser das ruas e, acredite, as ruas sempre ecoam tons particulares que as cidades abrigam. Cada cidade é um mundo, um recomeço, uma nova experiência talvez até igual a anterior, mas diferente!
Eu sei que somos raízes, que por vezes achamos que o que nos define é onde estamos. Besteira! O que nos define é a soma de várias variáveis: é por onde passamos e as marcas que deixamos; é onde sonhamos dar o próximo passo e a escolha em realizá-lo; é o agora, e esse momento é só seu, não desfrutar dele é simplesmente não viver.
Jogue-se ao mundo de peito aberto e não ao mar do esquecimento. As memórias serão sempre suas e nem se preocupe, você esquecerá muita coisa, mas é normal. Precisamos enterrar os mortos para darmos espaço aos vivos, em uma mistura de luto e celebração, lembrança e esquecimento.
Nesse momento, já distante de onde começamos nossa jornada pela Terra, mesmo que nunca tenhamos ido a lugar algum, podemos fechar os olhos e respirar fundo, pois independente de quais foram as nossas escolhas, poderemos nos orgulhar de nós mesmos tê-las feito...