21 de outubro de 2009

"21th Century Breakdown"


Apesar da grande quantidade de músicos que basearam suas letras em conflitos sociais, poucos foram aqueles que de certa forma deram voz à América. O conceito de América aqui não se restringe ao mais rico país do continente, já que o próprio conceito aponta para as classes subalternas e menos hegemônicas do sistema político-econômico vigente. América não se restringe geograficamente, e num mundo de comunicação em alta velocidade e massificação dos sentimentos, esse conceito substitui o que anteriormente se conhecia como Ocidente.

Retomando a ideia original, poucos foram os que conseguiram dar voz a massa que é expropriada de suas vontades e, ao mesmo tempo, conseguiram um alcance que não é digno apenas do nosso mundo globalizado, mas também da qualidade musical a que se propuseram.

Dentre essas vozes que se incluem Bruce Springsteen e Tom Petty, há uma que me chama a atenção. Apesar de alguns anos de estrada, os caras do Green Day vêm, provando disco após disco, que eles podem fazer parte desse seleto grupo. O impacto das letras, melodias e do visual é fundamental para entender o homem (principalmente o jovem homem criado na era Nixon) que adentra ao século XXI, com suas preocupações, angústias e incertezas. Somos os fragmentos do que nossos pais desejaram que fôssemos.

Tendo lançado seu oitavo disco, o trio da Califórnia, lança agora o segundo vídeo, extraído desse albúm com o mesmo diretor de 21 guns e, anteriormente, Waiting, Marc Webb e arrisco-me a dizer: qualquer bandinha de rock “despretensioso” da atualidade poderia fazer algo que se assemelhasse com 21th Century Breakdown, mas só com o Green Day música e imagem fariam tanto sentido, numa construção paradoxal entre beleza e horror!

Update: new embebada feita!

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