Fim de noite.
Silêncio quebrado apenas pelo barulho do ventilador nessa noite quente que anuncia o inverno que virá.
Acordado ainda por um hábito tolo, de perder o sono após fazer algo mágico, empolgante. Deve ser a adrenalina correndo alta ainda.
Abro uma cerveja. Ela esteve guardada na geladeira por mais de uma semana, esperando pacientemente pelo fim da companhia que uma bronquite asmática me fazia. Ela sempre foi leal na sua função: relaxar-me...
O mais engraçado nisso tudo é um sorriso tolo, que percorre suavemente meus lábios. É uma certeza. Uma das poucas que tive desde que entrei nesse mundo de carros barulhentos que acordam pessoas de madrugada e a solidão conectada dessas noites frias (independente do clima e região). Agora, tenho certeza: não estou sozinho!
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Da série "estado crônico"
