2 de outubro de 2011

estado crônico: música e dor

Sempre tive uma relação intensa com a música. Sempre que uma música me cativa, sinto um imenso desejo de ir além: entender as estruturas de pensamento do compositor ao criar aquela letra, as influências na cultura erudita ou pop que perpassam as letras; e compreender os arranjos, sentir as melodias ideais, rearranjadas, originais... e então, querer tocá-la!

Toda música que me cativa, traz à minha mente um pensamento: “eu tenho que tocá-la!” e então, eu corria para o violão, guitarra, baixo, teclado, assim que possível e tentava reproduzir aquela criação. Como um estudante de pintura, que treina técnicas reproduzindo os clássicos, eu sempre tentava “reproduzir” também... não por acaso, vinha depois um desejo de ”criar”.

Aliás, vinha, não. Ainda vem, mas depois desse acidente, tocar qualquer instrumento deixou de ser uma opção, pelo menos nos próximos meses. Somando-se a isso, tem o fato de eu não tocar a um ano, quase.

O que acontece é que isso dói bastante e faz doer mais ainda as cicatrizes das cirurgias feitas recentemente. Nesse momento em que o prudente seria me afastar da música, para não sofrer tanto, eu venho escutando mais coisa, mais ainda e no fim das contas, a música vem me causando um impacto ainda maior... o que fazer? Sofrer, ouvir e sentir a música!


estava ouvindo isso quando divaguei...

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