2 de junho de 2008

Encantadores Olhos Puros!

Os olhos dela eram excepcionais. Eles sempre o motivavam. Ela era engraçada, com suas caretas fora de hora, mas ele realmente ria dos olhos e para os olhos dela. Vez ou outra, ela o pegava encarando seus olhos e enrubescida, ela pedia para que ele parasse, mas geralmente ele estava tão absorto no que aqueles olhos expressivos falavam que sequer prestava atenção no pedido dela. Eles eram vivos e ele tinha certeza, que em alguns momentos, tinha chegado a alma dela, através daquelas janelas vivas, das que se abrem pela manhã quando se vale a pena ter os raios de sol explodindo enquanto se sente nas faces bater a brisa matinal.

Ele podia não a entender, na maioria do tempo, mas quando podia ler os olhos dela, eles falavam o que sua alma aflita realmente desejava. Várias vezes ela gritou para que ele se fosse, para que ele a esquecesse, mas seus olhos imploravam para que ele ficasse ali e a ajudasse a consertar as coisas, pois ele sabia o quão inocente era o coração daquela mulher, sabia quantas vezes aquele coração sofrido havia se partido em milhões de pedaços por ser tão puro e quantas vezes ela havia se perdido em meio a escuridão dos dias. Tudo isso transpassava através dos olhos dela e tocavam-no de uma forma que ele acreditava estar tomando a atitude correta. Ela nunca se arrependeu dele nunca ter a deixado após uma discussão.

Ainda assim, em meio a profusão de sentimentos que era aquela garota em um corpo de mulher, uma dúvida ainda o tirava do sério. Ele nunca soube o que fazer no fim das contas, pois não sabia se deveria protegê-la do mundo, guardando-a em uma redoma que a impedisse de perder a inocência e a pureza que ela trazia em sua alma ou se deveria deixar que ela voasse, que ela descobrisse seu caminho nesse mundo cruel e descobrisse quem era ela, talvez depois de muito perder a candura que então era tão marcante nela.

No fim das contas, ele aprendeu a desejar o bem para alguém e esse alguém era ela. Ele esperava que ela encontrasse a felicidade onde quer que passasse, em qualquer lugar entre os céus e a terra, e além, pois ela era tão gentil, tão única, que ele sabia que ela merecia o melhor que a vida pudesse trazer para ela. Só queria poder estar do lado dela quando ela precisasse de um ombro e achasse então um amigo. Queria estar ao seu lado quando ela descobrisse, finalmente, um grande amor, com seus atos e palavras corretas e tudo isso a faria sentir que tudo é possível quando se acredita no amor. Ela ainda não acreditava, mas seus olhos, sim.

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