20 de agosto de 2011

estado crônico: folha de plátano


Quando jovem, ela nunca sonhou com príncipes encantados montados em cavalos brancos prontos para reagatá-la. Ela mantinha seus pés no chão, enquanto todas as amigas durante a adolescência perdiam uma oportunidade atrás da outra de aprender algo sobre relacionamentos. As amigas quebravam a cara por cada paixão juvenil não-correspondida e ela ria.

Cresceu independente, teve casos rápidos, nada que alterasse seu cotidiano. A menina "esquisita" da sala dos tempos de colégio virou uma jovem bela mulher que parecia não precisar de ninguém. O que ela não sabia é que toda essa força que ela transparecia também afastava de seu coração jovens homens belos, que também eram chamados de "esquisitos" durante a adolescência.

Uma noite de sexta dessas, ela decidiu não sair. Abriu uma garrafa de vinho e foi arrumar seus livros enquanto ouvia música, sozinha no apartamento para onde havia se mudado fazia pouco tempo. Foi quando, dentro de um de seus livros preferidos, que havia lido ainda no colégio, ela encontrou uma folha seca de plátano. Uma lágrima solitária logo correu por seu rosto e, sem pensar muito, trocou de roupa e saiu de casa.

Depois daquele dia, nunca mais foi ou se sentiu sozinha...

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